30 junho 2008

processo seletivo 01/2008

O namorado perfeito, segundo Wyborowa:
  1. Ele tem que ter mais de 1,85m.
  2. Não precisa nem ser bonito, pode ser só simpático, ou ter covinha no queixo, um jeito de piscar, um sorrisinho de lado, olhos verdes...
  3. Tem que ser artista, ou ter algo de artista: cantar, dançar, desenhar, escrever, fotografar...
  4. Ele é bem-humorado.
  5. Ele é atencioso.
  6. Ele é carinhoso.
  7. "Fiel" eu acho que é uma palavra muito forte para um homem compreender, mas deve ter a boa vontade de pelo menos tentar.
  8. Inteligente, para entender todas as piadas regionais e maldadinhas bem-intencionadas.
  9. Ele é louco por sexo.
  10. Para ser completamente perfeito mesmo, só faltava ser rico!

(Se você reúne três ou mais dessas características – considerando que os itens de número 1 e 9 são obrigatórios – envie currículo e pretensões para o e-mail perfumesevenenos@gmail.com)

28 junho 2008

ira

Eu estava parada no sinal vermelho, que abriu em dez segundos. Saí e atravessei a avenida sem muita pressa - afinal era sábado e não havia mais ninguém naquela rua. Só que lá de trás, bem detrás mesmo, veio um cretino em alta velocidade.

Ele estava num Gol branco. Me ultrapassou pela direita no estreitamento da pista (ainda deu tempo de olhar pra cara de cretino dele) e me cortou. Tive que dar um freadão pra não bater.

Mas, dessa vez, no lugar de simplesmente xingar e me conformar como sempre faço, tive um acesso de ira. Acelerei o carro, puxei para a direita e, usando de minhas habilidades no videogame, fechei o desgraçado: me coloquei na frente dele sem chance de contra-ataque.

Sei que fui irresponsável e impulsiva, porém... Fiquei feliz.

E decidi: homem nenhum vai me passar pra trás outra vez.

(por Wyborowa)

24 junho 2008

Soldado e São João

Você foi meu guerreiro
Mas a morte venceu a batalha
Chorei um milênio inteiro
Agora, as lágrimas secaram

Este ano, do baú de madeira
Tirei o vestido velho
Fiz dele rendinhas de festa
Da madeira, lenha do fogo

e hoje, sou toda festa
Meu amor
Ganhou novo fôlego

Na roda de dança
Você comigo
Na lenha, na renda
Na rede, no infinito

(por erva venenosa)

ps - para o meu amor de todos os tempos

22 junho 2008

Casquinha

Tô assim
Um bichinho saindo de uma casquinha de ovo
Assombrosamente lindo lá fora
Deliciosamente quentinho aqui dentro

Choro fazendo força pra sair
Durmo torcendo pra amanhecer lá
Morri de rir no instante seguinte, por que não ficar aqui?

(por erva venenosa)

12 junho 2008

dia dos namorados

Lá se vai mais um...

(por Wyborowa)

09 junho 2008

Sexo em pauta

Faz tempo que não falo de sexo porque ando meio sem graça
Não é bem pudor,
Na verdade é um certa falta de sacanagem, mesmo
Estou solteira, mas não livre - o resto da dor de cotovelo que ainda me assola, me trouxe um certo constrangimento de dividir meus pensamentos pseudo-sexuais.

Mas hoje, acordei com um fato bem na minha cara amassada - preciso transar mais.
Saí da chateação dos primeiros meses, dos porres com os amigos, dos dias de trabalho infindáveis.
Agora, acho que é a fase do sexo casual.
E descobri que já estou bem madura pra administrar - pelo menos nas tentativas que fiz, fui bem sucedida.
Não quero compromisso de namoro, jantar, cinema.
Só sexo mesmo. Delivery, sem a pizza.

(por erva venenosa)

06 junho 2008

amor, essa palavra horrível

Eu gosto dele. Gosto do cheiro, dos olhos verdes, do beijo (o melhor do mundo). Adoro o fato de ter que ficar na ponta dos pés para beijá-lo (uma sensação muito nova para mim). Ele me toca como ninguém fez antes. Ri fácil. E sabe dançar muito bem.

Mas ele não quer compromisso. A gente namora e não pode falar que é namoro (essa palavra tem o peso de um tabu). A gente ama e não pode dizer que ama (porque esses domínios do amor significam vínculos). Aliás, a gente não discute a relação porque não discute absolutamente nada que possa trazer sequer uma brisa desses assuntos de casal. Eu sinto que qualquer palavra mal interpretada vai levá-lo embora. E assim vou vivendo algo que na maioria das vezes me faz feliz, mas não posso (ou me impedem) de definir.

Aí vão me perguntar: "definir pra quê"? E eu respondo: pra saber o que fazer quanto ao cara inteligente (e lindo) que fica me assediando pela internet, ou sobre a tristeza por não ter sido convidada para a festa de aniversário da mãe dele, ou se posso ter a segurança de pedir pra que ele seja meu acompanhante na ida à endoscopia. Para ter o aconchego de pensar junto, planejar viagens malucas e cinema no fim-de-semana. Ou, ao contrário, tocar a minha vida tranqüila, sabendo que não vai ser no plural. E assim ter a liberdade de continuar a minha procura, independente de toda a beleza e sintonia do que a gente vive agora (não posso chamar de amor, que é uma palavra horrível).

Desabafei. Era isso o que eu precisava dizer.

(por wyborowa)