18 outubro 2009

Automóvel

Gente, e daí que meu carro está na oficina sendo praticamente refeito.
Isso que dá ficar nove anos usando uma máquina sem os devidos cuidados. 15 dias parada.
Então que meu pai tem um novo hobby que é frequentar leilão comprar carro de zero reais por mil.
E ele, que não tem nada de turco, que não vendo nota de cinco por um, comprou um Uno 97 - está à venda por 6 mil, vai? - e botou na minha mão.
Enquanto o meu carro fica no estaleiro, eu dirijo um carrinho de bate-bate pelas largas avenidas da capital do Brasil.
Dou muita risada.
E me irrito bastante.
Sem freio de mão, com o limpador de pára-brisa funcionando quando quer e o um negocinho que armazena água vazando - eu ando de quarta, com uma garrafa pet de água para eventuais "refill" do vazamento, e ah! - NUNCA MAIS NINGUÉM OLHOU PRA MIM NO TRANSITO!
Isso mesmo, preconceito baseado na idade, não a minha (que também seria até justificável) mas na do carro!
Senhoras, amigas, danadas de plantão: se a meta é azarar no trânsito, o carro importa. Importado seria o ideal!
Mas, eu que sempre tive carro popular nunca me vi fadada ao anonimato no trânsito até dirigir um réle Uno Mille branco no céu de Brasília.
Péssimo para a auto-estima do ser humano carente e sozinho.
Pelo menos não ando de ônibus...
Mas não é que sábado à tarde, no Grande Circular, notei olhares interessantes endereçados à minha pessoa?
Vai ver que Mercedes-Benz - mesmo que busão - tá valendo mais que Fiat 97 no tabuleiro do amor...

postado por Erva Venenosa