acho q eu queria ter nascido bem burra
e bem sem noção.
e bem despreocupada.
e bem sem juízo.
e bem sem vergonha.
talvez assim pudesse crescer e viver sem almejar nada.
sem sentir falta de nada.
sem carregar culpa pelas escolhas erradas.
de fato. a ignorância é uma benção.
14 dezembro 2009
09 dezembro 2009
Síndrome de Fim de Ano
e eu me sinto totalmente inadequada, inútil, burra, feia e chata.
e falto aula e dá sono e vontade de chorar.
e sem comer e sem beber e sem nada pra se lamentar.
fora torcer pro próximo ano vir logo, que esse sim, deverá ser bemmm melhor.
(não é possível!)
essa minha sensação de não caber, de não pertencer, de simplesmente ser tão única, tão ímpar, tão singular, que vivo sozinha e só.
saco.
cansada.
(por erva venenosa)
18 outubro 2009
Automóvel
Gente, e daí que meu carro está na oficina sendo praticamente refeito.
Isso que dá ficar nove anos usando uma máquina sem os devidos cuidados. 15 dias parada.
Então que meu pai tem um novo hobby que é frequentar leilão comprar carro de zero reais por mil.
E ele, que não tem nada de turco, que não vendo nota de cinco por um, comprou um Uno 97 - está à venda por 6 mil, vai? - e botou na minha mão.
Enquanto o meu carro fica no estaleiro, eu dirijo um carrinho de bate-bate pelas largas avenidas da capital do Brasil.
Dou muita risada.
E me irrito bastante.
Sem freio de mão, com o limpador de pára-brisa funcionando quando quer e o um negocinho que armazena água vazando - eu ando de quarta, com uma garrafa pet de água para eventuais "refill" do vazamento, e ah! - NUNCA MAIS NINGUÉM OLHOU PRA MIM NO TRANSITO!
Isso mesmo, preconceito baseado na idade, não a minha (que também seria até justificável) mas na do carro!
Senhoras, amigas, danadas de plantão: se a meta é azarar no trânsito, o carro importa. Importado seria o ideal!
Mas, eu que sempre tive carro popular nunca me vi fadada ao anonimato no trânsito até dirigir um réle Uno Mille branco no céu de Brasília.
Péssimo para a auto-estima do ser humano carente e sozinho.
Pelo menos não ando de ônibus...
Mas não é que sábado à tarde, no Grande Circular, notei olhares interessantes endereçados à minha pessoa?
Vai ver que Mercedes-Benz - mesmo que busão - tá valendo mais que Fiat 97 no tabuleiro do amor...
postado por Erva Venenosa
05 setembro 2009
o meu Eu Te Amo
O meu Eu Te Amo é solitário e vazio.
É um poço onde se atira uma moeda
Mas o ruído da água não vem.
É um grito no abismo
Que não devolve seu eco.
É o fósforo riscado
Sem provocar fagulha.
É a explosão muda.
O oceano seco.
O céu opaco.
A terra dissoluta.
É a espera inócua
De nada.
É um poço onde se atira uma moeda
Mas o ruído da água não vem.
É um grito no abismo
Que não devolve seu eco.
É o fósforo riscado
Sem provocar fagulha.
É a explosão muda.
O oceano seco.
O céu opaco.
A terra dissoluta.
É a espera inócua
De nada.
20 agosto 2009
cantada
dirigindo na esplanada.
trânsito lento.
fecha o sinal em frente ao museu.
buzina.
carro ao lado,
moço dá um tchauzinho
risada
nome?
telefone?
risada mais
descendo a esplanada em paralelo
rindo rindo
email então...
rindo
grito
tchau!
trânsito lento.
fecha o sinal em frente ao museu.
buzina.
carro ao lado,
moço dá um tchauzinho
risada
nome?
telefone?
risada mais
descendo a esplanada em paralelo
rindo rindo
email então...
rindo
grito
tchau!
04 agosto 2009
inocência
Eu já conheci mulheres completamente inocentes em minha vida.
Mas todas elas tinham menos de sete anos de idade.
(por Wyborowa)
Mas todas elas tinham menos de sete anos de idade.
(por Wyborowa)
13 julho 2009
monstro
O ciúme é um monstro verde pequenininho que, quando recebe a comidinha certa, vai crescendo, crescendo, crescendo, até se transformar num Godzila de olhos vermelhos, que solta fogo pelas ventas e baba litros de ácido sulfúrico.
(por Wyborowa)
(por Wyborowa)
14 junho 2009
Tipo isso...
Pé de Meia
(Sandra de Sá)
De hoje em diante, juro
Não falo mais nada
Vou ficar na minha
Pode ficar sossegado
Eu vou recolher essa minha loucura
Mal de amor a gente cura
Eu não sei como
Mas uma coisa eu lhe garanto
Não gosto de vencer por insistência
Muito pelo contrário
Paciência eu tenho
Me contenho até chegar a hora certa
E quando eu me dou
Eu me dou inteira
Eu não sou meia pra ficar no pé de ninguém
Quando eu me dou
Me dou inteira
Eu não sou meia pra ficar no pé de ninguém
(saudades, da Erva Venenosa)
04 junho 2009
questões tostines
mais sexo faz as pessoas mais felizes?
pessoas q não fazem sexo são infelizes?
pessoas q fazem pouco sexo são mais tristes?
pq tem gente q é alegre mesmo celibato?
e pq tem gente q faz sexo sempre e mesmo assim é rabugento?
alegria e sexo têm mesmo alguma relação?
pq inventaram o sexo?
e pq inventaram a alegria?
e pq inventaram os seres humanos?
oh, céus!
22 maio 2009
biologia do bem-estar
A endorfina e a serotonina são neurotransmissores. Eles são produzidos e liberados pelos neurônios em resposta a estímulos.A endorfina é produzida em resposta às atividades físicas e tem por objetivo relaxamento e sensação de prazer, euforia e bem-estar. Além disso, a endorfina está associada a melhora da memória, bom humor, aumento da resistência e disposição física e mental. Tb ajuda o nosso sistema imunológico, diminui as dores e retarda o envelhecimento.A serotonina é um neurotransmissor que participa do controle do humor, comportamentos emocionais e ciclo do sono–vigília. Tem efeito analgésico e tb está relacionada com a termoregulação, fome, controle da respiração, pressão sangüínea e liberação de hormônios hipofisiários.Ainda sobre a serotonia, cabe dizer q se trata de uma substância muito importante para as mulheres. Sem ela estamos mais vulneráveis a doenças, como a depressão e também ao mau humor. Uma pesquisa publicada no site Science Express, da revista Science confirma isso. Quando pessoas são submetidas a uma redução do nível de serotonina, elas têm menos capacidade de resistir à agressividade, além de ficarem mais ansiosas e terem comportamentos compulsivos.
Minhas doses de endorfinas estão garantidas, quase q diariamente.
Já a serotonina, nem sempre se faz presente.
Todo mundo sabe a melhor forma de estimular a produção de serotonina no corpo humano.
É exatamente isso q me falta.
Me falta intensidade. Vontade. Aposta.
No fim das contas, me falta serotonina.
E talvez esse seja o motivo de toda a minha infelicidade.
.
19 maio 2009
Narração
Gente, sexo casual é bem mais complicado que parece.
Porque tudo bem você está na fissura, o cara também, vocês acham que vai dar tudo certo e apostam numa after party.
Mas vai que daí o cara se empolga antes, ou depois, ou exatamente daquele jeito que você não curte.
Exemplo - eu geralmente implico quando o cara fica calado demais - pô, dormiu? tá fazendo conta? respira pelo menos!
Daí, que a figura tinha exatamente o defeito oposto - ele praticamente narrou todo o tempo que ficamos juntos!
Poxa, eu estou aqui também! E não sou cega, estou vendo o que está acontecendo entre nós, querido!
Ai, dureza. Melhor, falta de. Da minha parte, quero dizer. É gente: brochei.
Simplesmente não aguentei o excesso de estímulo auditivo! O silêncio da respiração também é importante?
Ou estou inventando esse requisito logo agora?
Tento lembrar encontros passados com outros casuais...
Reparo que invento problemas em cada um deles, dependendo do que aconteceu - um é calado, outro é narrador - ah, se o primeiro fosse mais falador como o segundo....e quem dera que o segundo se calasse um minuto só!
Talvez essa coisa tão casual não seja mesmo pra mim, que preciso de uma atenção, digamos, mais sensível de cada ser humano que cruza meu caminho...e isso toma um tempo danado - um tantão de silêncios permeados de narrações - certamente não cabem num after party qualquer!
Porque tudo bem você está na fissura, o cara também, vocês acham que vai dar tudo certo e apostam numa after party.
Mas vai que daí o cara se empolga antes, ou depois, ou exatamente daquele jeito que você não curte.
Exemplo - eu geralmente implico quando o cara fica calado demais - pô, dormiu? tá fazendo conta? respira pelo menos!
Daí, que a figura tinha exatamente o defeito oposto - ele praticamente narrou todo o tempo que ficamos juntos!
Poxa, eu estou aqui também! E não sou cega, estou vendo o que está acontecendo entre nós, querido!
Ai, dureza. Melhor, falta de. Da minha parte, quero dizer. É gente: brochei.
Simplesmente não aguentei o excesso de estímulo auditivo! O silêncio da respiração também é importante?
Ou estou inventando esse requisito logo agora?
Tento lembrar encontros passados com outros casuais...
Reparo que invento problemas em cada um deles, dependendo do que aconteceu - um é calado, outro é narrador - ah, se o primeiro fosse mais falador como o segundo....e quem dera que o segundo se calasse um minuto só!
Talvez essa coisa tão casual não seja mesmo pra mim, que preciso de uma atenção, digamos, mais sensível de cada ser humano que cruza meu caminho...e isso toma um tempo danado - um tantão de silêncios permeados de narrações - certamente não cabem num after party qualquer!
29 abril 2009
OpontoM
eu tenho ódio mortal de não fazer as coisas direito
e estou morta de medo de não estar fazendo NADA direito
mas não sei exatamente aonde errei
O.M - de ser ignorante
petulante
preguiçosa
desprezada
O.M - de chegar por último
de não ter o dinheiro
o carro
a cintura
ignorada
O.M - de esquecer dos detalhes
e do essencial
e lembrar do supérfulo
e do que dói
O.M - de ter tantos mundos e não caber em nenhum
de ser ninguém para todo mundo
E nenhum mundo
Ser meu inteiro
e estou morta de medo de não estar fazendo NADA direito
mas não sei exatamente aonde errei
O.M - de ser ignorante
petulante
preguiçosa
desprezada
O.M - de chegar por último
de não ter o dinheiro
o carro
a cintura
ignorada
O.M - de esquecer dos detalhes
e do essencial
e lembrar do supérfulo
e do que dói
O.M - de ter tantos mundos e não caber em nenhum
de ser ninguém para todo mundo
E nenhum mundo
Ser meu inteiro
26 abril 2009
cura?
há chance de se tratar uma cleptomaníaca, antes dela começar a roubar coisas q já pertecem a outras pessoas?
29 março 2009
envenenada comigo mesma
não adianta ser magra e bem vestida.
não adianta dançar bem e estar bêbada.
não adianta batom vermelho, se vc não tem coragem de fazer o q realmente quer.
e eu nunca tenho coragem de fazer coisa alguma - além de viver minha vidinha chata de sempre.
estou seca de vontade de conhecer um cara interessante. vontade de fingir ser ser outra pessoa. ou ser eu mesma, de um jeito menos idiota.
mas eu sou desconectada.
quero tudo isso. e continuo agindo como se não quisesse nada.
como se fosse feliz.
reclamando das coisas bobas, sem reclamar do q realmente incomoda.
não adianta dançar bem e estar bêbada.
não adianta batom vermelho, se vc não tem coragem de fazer o q realmente quer.
e eu nunca tenho coragem de fazer coisa alguma - além de viver minha vidinha chata de sempre.
estou seca de vontade de conhecer um cara interessante. vontade de fingir ser ser outra pessoa. ou ser eu mesma, de um jeito menos idiota.
mas eu sou desconectada.
quero tudo isso. e continuo agindo como se não quisesse nada.
como se fosse feliz.
reclamando das coisas bobas, sem reclamar do q realmente incomoda.
02 março 2009
Finalmente: sexo e carnaval
Compramos arquibancadas para a Sapucaí, mas minha parceira e eu estávamos desgarradas: Da Gávea para Copacabana, cheias de suor e álcool, achava improvável fugir da rua e correr pro metrô de encontro às outras e aos nossos ingressos.
Essa certeza veio com um olhar de canto de olho.
Eu, de máscara de gatinha (R$2,50), ele de óculos gigantes, sem lentes, só plástico (R$3,50). Sorri e esperei o sorriso de volta. Voltei o rosto para a multidão, a mente embriagada pensando rápido o próximo movimento.
Num susto, ele já está aqui do meu lado. Sorte de fumante, pedi um cigarro.
"Tem pedágio"
"Ah é? Mas eu posso pagar depois?"
"Pode, a hora que você quiser"
Desisti da Sapucaí.
A coversa foi fluida e sóbria. Amor, encontros, romance. E claro, o tema: a vida é pra ser vivida permeou todos os assuntos supracitados. Enfim:
"Por exemplo, a gente podia ter escolhido não ficar aqui conversando e perder a oportunidade de se conhecer mais" - uma baforada
"E quem garante que era pra isso mesmo que a gente tinha que estar aqui nesse pedaço de calçada, né? Pra se encontrar e se conhecer?" - um gole na Skoll quente.
"Então, a gente vai ficar aqui conversando ou você quer ir pra um lugar mais calmo?"
"Eu voto no lugar mais calmo, se meu voto tiver peso..."
Sorrisos.
Aviso.
Caminhamos até o carro, faço perguntas pertinentes - onde, como, quando, por que.
Ele é filho único, carioca morando no Rio, tem um gato de estimação e toca contrabaixo. É. Dá pra confiar. Sem contar que os olhos escuros e os dentes brancos...
Até aí, nenhum beijo, nenhum nada!
Sorrisos.
Parada obrigatória! Carro na esquina de uma rua no Flamengo.
"Eu tenho que te perguntar uma coisa: você quer que eu compre camisinha?"
"Quero"
Um beijo. Intenso, macio, doce, forte.
Motel.
Sexo.
Sono.
André.
Foi bom e não foi. Foi demais e foi pouco. Foi louco e foi super normal.
Foi divertido e entendiante.
De manhã, um beijo seco e "a gente se vê por aí".
Sem trocar telefones e sobrenomes.
Sem trocar sorrisos e promessas.
Foi no sábado de Carnaval.
Andei no sol com a roupa de ontem e o medo de agora
E se eu nunca mais me apaixonar por ninguém?
Ser só assim...
Um encontro de mascarados nus, saudosos de um Carnaval que nunca chegou?
No corpo ficou um alívio e só.
Na alma, ficou o primeiro sorriso, o primeiro olhar, primeiro beijo.
E só.
Essa certeza veio com um olhar de canto de olho.
Eu, de máscara de gatinha (R$2,50), ele de óculos gigantes, sem lentes, só plástico (R$3,50). Sorri e esperei o sorriso de volta. Voltei o rosto para a multidão, a mente embriagada pensando rápido o próximo movimento.
Num susto, ele já está aqui do meu lado. Sorte de fumante, pedi um cigarro.
"Tem pedágio"
"Ah é? Mas eu posso pagar depois?"
"Pode, a hora que você quiser"
Desisti da Sapucaí.
A coversa foi fluida e sóbria. Amor, encontros, romance. E claro, o tema: a vida é pra ser vivida permeou todos os assuntos supracitados. Enfim:
"Por exemplo, a gente podia ter escolhido não ficar aqui conversando e perder a oportunidade de se conhecer mais" - uma baforada
"E quem garante que era pra isso mesmo que a gente tinha que estar aqui nesse pedaço de calçada, né? Pra se encontrar e se conhecer?" - um gole na Skoll quente.
"Então, a gente vai ficar aqui conversando ou você quer ir pra um lugar mais calmo?"
"Eu voto no lugar mais calmo, se meu voto tiver peso..."
Sorrisos.
Aviso.
Caminhamos até o carro, faço perguntas pertinentes - onde, como, quando, por que.
Ele é filho único, carioca morando no Rio, tem um gato de estimação e toca contrabaixo. É. Dá pra confiar. Sem contar que os olhos escuros e os dentes brancos...
Até aí, nenhum beijo, nenhum nada!
Sorrisos.
Parada obrigatória! Carro na esquina de uma rua no Flamengo.
"Eu tenho que te perguntar uma coisa: você quer que eu compre camisinha?"
"Quero"
Um beijo. Intenso, macio, doce, forte.
Motel.
Sexo.
Sono.
André.
Foi bom e não foi. Foi demais e foi pouco. Foi louco e foi super normal.
Foi divertido e entendiante.
De manhã, um beijo seco e "a gente se vê por aí".
Sem trocar telefones e sobrenomes.
Sem trocar sorrisos e promessas.
Foi no sábado de Carnaval.
Andei no sol com a roupa de ontem e o medo de agora
E se eu nunca mais me apaixonar por ninguém?
Ser só assim...
Um encontro de mascarados nus, saudosos de um Carnaval que nunca chegou?
No corpo ficou um alívio e só.
Na alma, ficou o primeiro sorriso, o primeiro olhar, primeiro beijo.
E só.
07 fevereiro 2009
sentidos
às vezes eu fico pensando...
se a minha vida não faz sentido agora
será que poderá fazer sentido amanhã ou depois?
(wyborowa)
se a minha vida não faz sentido agora
será que poderá fazer sentido amanhã ou depois?
(wyborowa)
26 janeiro 2009
asas
Eu acordei no meio da noite
Ouvindo gritos e pios
No sonho desperto
Pássaros caminhavam na terra
Pois estavam sem asas
E eu chorava
Porque também perdi as que tive
Pelo caminho
(por Wyborowa)
Ouvindo gritos e pios
No sonho desperto
Pássaros caminhavam na terra
Pois estavam sem asas
E eu chorava
Porque também perdi as que tive
Pelo caminho
(por Wyborowa)
20 janeiro 2009
Lema para 2009
foda-se foda-se foda-se
este será meu lema para o ano que começa.
foda-se em todos os sentidos
posições
entonações
interpretações
nem penso no futuro
deprimente demais
este será meu lema para o ano que começa.
foda-se em todos os sentidos
posições
entonações
interpretações
nem penso no futuro
deprimente demais
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