Numa festa estranha com gente esquisita
Eu já não tava legal de tanta birita
O tal moço riu e quis saber um pouco mais
Sobre a mocinha que tentava impressionar
E eu já meio tonta só pensava em ir pra casa
- só não sabia quem eu ia levar
A gracinha da estória acaba por aqui.
Porque o Mônico da estória virou um pré Atração Fatal à la Glenn Close:
no estacionamento do prédio, uma pergunta de arrepiar:
- tem certeza que é isso que você quer?
Eu olhei pro lado: tá falando comigo? - jurava que o cara lia algum texto numa cartolina qualquer!
Eu vou poupar o leitor de toda parte erótica (e chata) do episódio.
Porque o final virou uma Relação de 15 anos:
um casal entre lençóis discutindo o futuro, o sexo, o compromisso, a fidelidade.
Ei! Calma, amigo! Eu só te convidei pra subir, não pra casar!
Não deu certo: o moço surtou de vez, falou horrores de mim e pra mim.
E saiu da minha casa com a frase de efeito:
- Eu só não queria ser mais um na sua vida...
(por erva venenosa)
23 agosto 2010
28 março 2010
expectativas
Criar expectativas é uma merda.
(Diria até que uma graaaande merda.)
Porém - e infelizmente - inevitável...
(por Wyborowa)
(Diria até que uma graaaande merda.)
Porém - e infelizmente - inevitável...
(por Wyborowa)
16 fevereiro 2010
O Carnaval e o celular
depois de longos beijos no meio do salão, a fatídica pergunta - me dá seu número, vamos nos ver amanhã?
- pra quê - eu penso comigo - pra quê nos ver amanhã?
- anota aí - claro, dou meu celular.
mais um longo beijo e volto para casa sozinha. por eu quis. porque deu preguiça de estar ali com alguém que quer me ver - mas só se for amanhã.
em tempos idos, certamente a falta do celular ajudava.
se agora existe a expectativa de um reencontro, antigamente o encontro era tudo que devia ser:
ali, naquela hora, tudo deveria ser dito, feito e refeito. outro rendez-vous não estava à distância de uma sequência única de algarismos.
desnecessário dizer que o meu celular não tocou.
e isso me dá certo alívio.
amo carnaval.
amo a intensidade, a volatilidade, e todo o romantismo que isso traz.
o telefone celular quebra essa cadeia de elementos lúdicos ligados uns aos outros pela música, a alegria e o tempo restrito dos dias, das horas, do efeito do álcool.
quero viver os carnavais dos séculos passados:
hoje, saio e equeço o celular. não o aparelho, mas meu próprio número.
- pra quê - eu penso comigo - pra quê nos ver amanhã?
- anota aí - claro, dou meu celular.
mais um longo beijo e volto para casa sozinha. por eu quis. porque deu preguiça de estar ali com alguém que quer me ver - mas só se for amanhã.
em tempos idos, certamente a falta do celular ajudava.
se agora existe a expectativa de um reencontro, antigamente o encontro era tudo que devia ser:
ali, naquela hora, tudo deveria ser dito, feito e refeito. outro rendez-vous não estava à distância de uma sequência única de algarismos.
desnecessário dizer que o meu celular não tocou.
e isso me dá certo alívio.
amo carnaval.
amo a intensidade, a volatilidade, e todo o romantismo que isso traz.
o telefone celular quebra essa cadeia de elementos lúdicos ligados uns aos outros pela música, a alegria e o tempo restrito dos dias, das horas, do efeito do álcool.
quero viver os carnavais dos séculos passados:
hoje, saio e equeço o celular. não o aparelho, mas meu próprio número.
24 janeiro 2010
Tudo e nada
"tudo pode acontecer.
inclusive nada."
e aliás, esse nada anda acontecendo demais na minha vida.
já tá bem passando da hora de acontecer tudo.
tipo agora, de preferência:
passar num concurso pra mudar de emprego LOGO.
sair do emprego pra ganhar mais dinheiro RÁPIDO.
ganhar mais dinheiro pra trocar de carro ANTES DESSE MORRER DE VEZ.
trocar de carro e viajar dirigindo por esse Goiás adentro nos pequenos feriados.
viajar dirigindo e cantando as músicas romântico-bregas que tanto gosto.
cantar músicas românticas pra ficar no clima de - tudo pode acontecer -
ficar no clima de tudo pode acontecer para que tudo possa acontecer.
e para que tudo possa acontecer, o nada tem que parar de acontecer de uma vez por todas.
ele e minha falta de paciência porque nada acontece!
(erva venenosa)
19 janeiro 2010
Máscara
- mãe, conheci um cara no reveillon
- é, e aí?
- e ele me ligou dois dias depois
- hmm, que bom, minha filha. e agora?
- e agora que ele não me ligou mais. vamos ver o que acontece
...
- mãe, lembra do cara do reveillon?
- han han, lembro
- eu encontrei com ele ontem, no pier
- ah, que bom minha filha. e como foi?
- deve ter sido ótimo pra ele - tava com uma menina bem alta, morena, com cabelos bem longos.
- é minha filha? ... e agora?
- e agora que ele com certeza não vai me ligar mais e então não tem mais nada para ver e acontecer.
- é, filha, pelo menos ele foi desmascarado logo, né? agora você já sabe quem ele é.
- ou não, né mãe. ou não...
- é, e aí?
- e ele me ligou dois dias depois
- hmm, que bom, minha filha. e agora?
- e agora que ele não me ligou mais. vamos ver o que acontece
...
- mãe, lembra do cara do reveillon?
- han han, lembro
- eu encontrei com ele ontem, no pier
- ah, que bom minha filha. e como foi?
- deve ter sido ótimo pra ele - tava com uma menina bem alta, morena, com cabelos bem longos.
- é minha filha? ... e agora?
- e agora que ele com certeza não vai me ligar mais e então não tem mais nada para ver e acontecer.
- é, filha, pelo menos ele foi desmascarado logo, né? agora você já sabe quem ele é.
- ou não, né mãe. ou não...
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